Com mais de 2 milhões de pessoas infectadas mundo afora após ter sido originado na China, o verdadeiro ponto de partida do novo coronavírus continua sendo uma incógnita.
Apesar das inúmeras reportagens apontando um mercado de animais silvestres em Wuhan como a origem da pandemia, não há evidências concretas de que isso aconteceu de fato por lá.
Enquanto os críticos mais ferrenhos do regime chinês acusam Pequim de ter lançado uma arma biológica, os membros mais exaltados do Partido Comunista da China culpam os Estados Unidos por supostamente utilizar o vírus como uma forma de ataque.
Instituto de Virologia de Wuhan
O Instituto de Virologia de Wuhan é uma instalação de altíssima segurança, sendo o único laboratório da China com a permissão de trabalhar com as variantes mais mortais de diversos vírus, entre eles o coronavírus (SARS-COV-2).
Um estudo publicado na revista Nature Medicine usa uma análise genética para mostrar de forma convincente que o coronavírus evoluiu em um animal e foi transmitido para os seres humanos.
Mas este “salto” não necessariamente pode ter ocorrido em um dos famosos “mercado molhados”, como foi assumido no início da pandemia.
Com o passar dos meses, apesar da intensa censura aplicada pelo regime comunista em Pequim, evidências circunstanciais de que o vírus teve origem no laboratório de Wuhan continuam se acumulando.
É importante ressaltar, no entanto, que isso não quer dizer que o coronavírus seja uma arma biológica do Partido Comunista Chinês (PCC).
Como notou Alex Berezow em matéria no portal da organização American Council on Science and Health:
“Existe a possibilidade de que os cientistas chineses estavam estudando uma nova variante do vírus quando, acidentalmente, um trabalhador foi infectado e acabou transmitindo a doença ao sair do laboratório.”
Uma reportagem investigativa do jornalista Jim Geraghty para o portal National Review documenta extensivamente uma série de evidências.
Os destaques da reportagem incluem:
- Anúncios de emprego no Instituto de Virologia de Wuhan, em dezembro de 2019, para cientistas estudarem coronavírus em morcegos;
- Alerta de que novos vírus foram descobertos no laboratório;
- Quando soube do surto, uma virologista chinesa conhecida como “Mulher-Morcego” ficou preocupada de que o vírus tivesse saído de seu laboratório;
- Instituto de Virologia de Wuhan nega a existência da pessoa que seria supostamente a “paciente zero“, uma estudante de graduação chamado Huang Yanling.
- Informações sobre Huang Yanling foram removidas do site do laboratório;
- Apesar de o instituto afirmar que ela está em boa saúde, o paradeiro da estudante é desconhecido;
Agora, para deixar a situação ainda mais nebulosa, o regime da China decidiu impor restrições à publicação de artigos científicos sobre a origem da pandemia.
Os sites das principais universidades do país publicaram novas orientações exigindo que os trabalhos relacionados ao Covid-19 sejam submetidos a verificações adicionais pelo comitê acadêmico antes de serem publicados, como noticiou a RENOVA.
Fonte:Renova