Surge a primeira ponta do iceberg daquilo que poderá tornar-se o coronagate, mais um dos grande escândalos de corrupção da história brasileira. O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou inquérito para investigar se houve superfaturamento no contrato emergencial, com dispensa de licitação, para compra de 50 respiradores adquiridos pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado para o combate ao coronavírus.
A 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania investiga se houve superfaturamento no contrato de R$ 9.9 milhões realizado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro com a empresa 2A2 Comércio Serviços e Representações Ltda.
Será investigado eventual superfaturamento de pelo menos R$ 4.9 milhões, uma vez que cada aparelho respirador custou R$ 198 mil, mais que o dobro do preço do mercado brasileiro.
Houve liberação antecipada de parte dos recursos para a empresa contratada, apesar dos preços altos e da falta de competência da empresa escolhida na compra e venda de materiais hospitalares, uma vez que, de acordo com o próprio contrato, a empresa é especializada em equipamentos de informática, de acordo com o Ministério Público.
Também será apurado se o modelo previsto pela contratada não é o mais adequado, segundo as especificações técnicas, para o uso em pacientes vítimas de COVID-19.
Paralelamente às investigações do Ministério Público, os deputados Anderson Moraes (PSL) e Dr. Serginho (Republicanos) conseguiram nesta quarta-feira (15/04) o número de assinaturas suficientes para a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para investigar o caso.
Dentre os deputados que assinaram o requerimento para a instalação da CPI está Rodrigo Amaral (PSL), conhecido por ser um dos parlamentares mais fiéis da base de apoio ao governador proto-ditador Wilson Witzel.
Os deputados relataram que com o início da pandemia, o Governo do Estado do Rio de Janeiro conseguiu fechar contratos sem licitação que somam mais de R$ 1 bilhão, inclusive com empresas terceirizadas que possuem processos por má gestão da coisa pública.
Fonte:Critica Nacional